Eu me odeio quando te leio,
eu me odeio quando te vejo,
eu me odeio quando concordo com você,
eu me odeio quando discordo de você,
Esse maldito gosto de cerveja choca não me deixa
quando, por algum motivo,
você me aparece.
Eu me odeio quando penso em suas mulheres,
eu me odeio quando penso em seus homens,
eu me odeio quando penso em seus bêbados,
eu me odeio quando penso em seus olhos,
Esse maldito gosto de cerveja choca não me deixa
quando, por algum motivo,
você me aparece.
Eu me odeio quando leio "curra",
eu me odeio quando leio "puta",
eu me odeio quando leio "whisky",
eu me odeio quando leio "rua",
E esse maldito gosto de cerveja choca não me deixa
quando, por algum motivo,
você me aparece.
Por que eu odeio o quanto você é certo
e o quanto você é errado.
E tanto ódio junto é o sentimento mais foda que palavras
já me fizeram sentir
porque tanto ódio junto
vira inveja,
vira orgulho,
vira cópia,
vira amor.
Lembra meu amor.
Você escreve bem demais.
E é por isso que odeio tudo depois que te leio.
Especialmente porque se tem algo nesse mundo que eu odeio,
é gosto de cerveja choca.
sábado, 29 de dezembro de 2012
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Noite de natal
A melhor mentira já contada? Que somos indivíduos inteiros.
Não, nós não somos.
Ser humano algum se basta.
Ser humano algum é tudo aquilo que poderia ser.
Ser humano algum é completo.
Ser humano algum é indefectível.
Um dia qualquer,
você vai me mostrar uma música que eu não conhecia
e pedir que eu preste atenção em algum riff de guitarra
porque sabe que passaria batido sem sua observação.
Um dia qualquer,
eu vou te dar um livro novo ou te recitar um poema,
te traduzir alguma coisa do inglês que não tenha entendido,
fazer alguma receita caseira pra sua dor de garganta que não passa.
Um dia qualquer eu vou ficar doente na noite de natal,
entrar em pânico no meio da madrugada achando o mundo injusto e errado,
e sem sua calma pra conversar comigo
e por 20 minutos me explicar como é que essa vida segue
continuarei chorando em desespero
como se o dia seguinte fosse noite de natal de novo.
Não, nós não somos inteiros.
Cada indivíduo é qualidade e defeito,
cada um de nós tem seu ponto de equilíbrio e seu abismo de loucura,
ninguém tem a obrigação de ser perfeito pra si.
Se cabe a cada um procurar alguém que te complete?
Apenas se quiser.
O que eu sei é que sozinha, até que as coisas seguem seu rumo,
mas na primeira lata de leite condensado que eu quiser abrir
e não conseguir usar o abridor com minha mão esquerda,
você irá abri-la pra mim porque eu não consigo,
e tentarei te fazer o melhor brigadeiro do mundo
só porque você existe.
Não, nós não somos.
Ser humano algum se basta.
Ser humano algum é tudo aquilo que poderia ser.
Ser humano algum é completo.
Ser humano algum é indefectível.
Um dia qualquer,
você vai me mostrar uma música que eu não conhecia
e pedir que eu preste atenção em algum riff de guitarra
porque sabe que passaria batido sem sua observação.
Um dia qualquer,
eu vou te dar um livro novo ou te recitar um poema,
te traduzir alguma coisa do inglês que não tenha entendido,
fazer alguma receita caseira pra sua dor de garganta que não passa.
Um dia qualquer eu vou ficar doente na noite de natal,
entrar em pânico no meio da madrugada achando o mundo injusto e errado,
e sem sua calma pra conversar comigo
e por 20 minutos me explicar como é que essa vida segue
continuarei chorando em desespero
como se o dia seguinte fosse noite de natal de novo.
Não, nós não somos inteiros.
Cada indivíduo é qualidade e defeito,
cada um de nós tem seu ponto de equilíbrio e seu abismo de loucura,
ninguém tem a obrigação de ser perfeito pra si.
Se cabe a cada um procurar alguém que te complete?
Apenas se quiser.
O que eu sei é que sozinha, até que as coisas seguem seu rumo,
mas na primeira lata de leite condensado que eu quiser abrir
e não conseguir usar o abridor com minha mão esquerda,
você irá abri-la pra mim porque eu não consigo,
e tentarei te fazer o melhor brigadeiro do mundo
só porque você existe.
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