sábado, 28 de janeiro de 2012

Não, hoje não é dia de fazer alguma coisa... uma sensação estranha no estômago e uma cabeça querendo pesar me seguram em 72 m² de mundo restrito, que meu não é, mas ajo como se fosse. O simples ato de abrir meus olhos ao acordar já me cansou pelas próximas 24 horas. Quase doeu.
Entendam que isso não incorre num estado de melancolia, depressão ou qualquer coisa do tipo. Entendam que eu não tenho que procurar recuperação alguma. Enxergo a beleza do samba numa tarde de sábado, regado à cachaça barata e cerveja, uma mulata sorridente fazendo da música, carne em movimento, mas a vocação de passista não nasceu comigo, e nisso não há motivo pra desespero. 
Vejo o mundo da minha janela e só desço quando quero. Aqui há bons livros, a penumbra natural do meu quarto, a vista do pôr-do-sol e o chão gelado aonde me deito em dias de calor... Deixem de achar que recolhimento é doença. O samba só é bem escrito quando tem alguma gota de solidão.

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